Parcela da dívida pública vinculada à Selic volta a subir em outubro

23/11/2009 - 15h44

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A parcela da dívida pública vinculada à Selic voltou a subir depois dedois meses de queda. Segundo números divulgados há pouco pelo TesouroNacional, o percentual da dívida mobiliária (em títulos) internaatrelado aos juros básicos caiu de 36,9% em setembro para 37,66% em outubro.A proporção dos títulos prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, caiu de 32,67% em setembro para 31,23% em outubro.A parcela vinculada à inflação, no entanto, aumentou, passando de 28,47%para 29,16%. A participação dos títulos vinculados ao câmbio caiu de0,74% para 0,72%, sem alteração significativa.Para o TesouroNacional, a maior parcela de títulos prefixados facilita aadministração da dívida pública porque permite ao governo saber, comantecedência, quanto pagará na hora de resgatar os títulos. A maiorparticipação dos papéis corrigidos pela Selic, no entanto, faz oTesouro se beneficiar da queda da Selic, que caiu de 13,75%, no iníciodo ano, para os atuais 8,75%.O prazo médio da dívida pública ficou praticamente estável, passando de 3,55 anos em setembro para3,59 anos no mês passado. Esse é o período que o governo leva pararenovar completamente a dívida de mais de R$ 1,4 trilhão. No começo doano, o Tesouro deixou de divulgar o prazo pelo parâmetro mensal epassou a usar o parâmetro anual.Prazo mais longos sãodesejáveis porque indicam melhoria da confiança dos investidores nacapacidade do governo de administrar a dívida. Os vencimentos da DívidaPública Federal (DPF) nos próximos 12 meses apresentaram redução epassaram de 27,2%, em setembro, para 25,2% no mês passado.Pormeio dos títulos públicos, o Tesouro Nacional pega dinheiro emprestadodos investidores para honrar os compromissos de curto prazo. Em troca,o governo compromete-se a devolver os recursos, acrescidos de juros,que podem seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou serem prefixados(definidos com antecedência).