Dívida pública federal cai pelo segundo mês seguido

23/11/2009 - 15h11

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O fato de o governo ter resgatadomais títulos do que emitiu e a queda do dólar fizeram a Dívida PúblicaFederal (DPF) cair pelo segundo mês consecutivo. Segundo númerosdivulgados, há pouco, pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou outubro em R$ 1,472 trilhão, R$ 16 bilhões (1,11%) a menos que o registrado em setembro.A dívida pública mobiliária (em títulos) interna caiu 1,09%, passando de R$ 1,385 trilhão em setembro para R$ 1,370 trilhão em outubro. A queda foi provocada pelo fato de o Tesouro ter resgatado R$ 26,01 bilhões amais do que emitiu no mês passado. O reconhecimento de R$ 10,94 bilhõesem juros foi insuficiente para compensar os resgates líquidos.Adívida pública externa encerrou o último mês em R$ 101,62 bilhões,com redução de 1,38%. De acordo com o Tesouro Nacional, o decréscimoocorreu por causa da queda de 1,92% do dólar em outubro, além do resgate de títulos da dívida externa que venciam neste ano.Foi o segundo mês seguido de queda na Dívida Pública Federal, que paroude crescer após o Tesouro concluir o repasse de R$ 100 bilhões parareforçar o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES). Por causa da operação, que fez parte do pacote demedidas para diminuir a escassez de crédito provocada pela criseeconômica, a DPF teve aumento líquido de R$ 75,09 bilhões em 2009.Aemissão dos R$ 100 bilhões foi parcialmente compensada com o resgate deoutros títulos, mas, no acumulado do ano, o empréstimo para o bancorepresentou o principal fator que acarretou a elevação da dívidapública federal no acumulado do ano.Apesar do decréscimo na dívida pública, o Tesouro emitiu R$ 2 bilhões em títulos para a Caixa Econômica Federal. Em outubro,o governo anunciou a injeção de R$ 6 bilhões no banco para garantir ocumprimento da demanda de crédito para os próximos anos. Sem o reforçono capital, a Caixa correria o risco de operar abaixo do limite desegurança para conceder empréstimos a partir de meados no próximo ano.