Cresce interesse da ciência pela felicidade, diz antropóloga

23/11/2009 - 6h07

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Foz do Iguaçu - A  antropóloga e psicóloga formada em Harvard(EUA) Susan Andrews, responsável pela implantação no Brasil deprogramas baseados no conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB), disse que o interesse da ciência pela felicidade é crescente.“Somente nos últimos seis meses, foram divulgados 27.335 estudos eartigos publicados em revistas científicas abordando desde aspectosbioquímicos a psicológicos do tema”.Susan  Andrews afirmou que pessoasmais felizes têm sistemas imunológicos mais fortes, têm melhordesempenho no trabalho, adoecem menos, vivem mais, têm casamentos maissólidos. “A depressão se tornou uma das principais doenças da sociedadecontemporânea. São esses os principais fatores que têm motivado ainvestigação científica, uma vez que maior conhecimento sobre o queconstitui a felicidade e como medi-la permitirá construir políticasmais eficientes com reflexos positivos sobre a saúde pública”.Aantropóloga  participa em Foz do Iguaçu da 5ª ConferênciaInternacional sobre Felicidade Interna Bruta (FIB), que discute atéhoje (23) o  conceito que surgiu no Butão, na Ásia, demedir o bem-estar de forma mais ampla do que o Produto Interno Bruto (PIB) , comumenteutilizado para mensurar o progresso material de um país. A ideia tem a adesão de vários países, que se utilizam de alguns indicadorespara orientar a elaboração de políticas públicas.Susan explicou que na bioquímica do corpo humano, umadas substâncias associadas à felicidade é o hormônio cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais. Pessoas felizes tendem a ter 32% menos cortisol. Em contrapartida, o hormônio é encontrado em abundância em pessoas com alto nível de estresse. “É preciso ter consciênciade que quando uma pessoa está infeliz, seu fígado está infeliz, seuestômago está infeliz, sua pele está infeliz. Os reflexos negativos seespalham pelo corpo inteiro”.