Brasil estuda pouco os efeitos sociais do álcool e de outras drogas, admite pesquisador

22/11/2009 - 16h02

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A pesquisadora e professora deServiço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),Roberta Uchoa acredita que o Brasil estuda pouco os efeitos sociaisdo álcool e outras drogas. “Os poucos [estudos] quenós temos não podemos nem generalizar, porque eles sãocom populações tão específicas que vocênão pode ampliar para a população em geral”,disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, as políticaspúblicas de combate ao consume de bebida alcoólicafeitas no país ainda são baseadas em estudos realizadosno exterior. “Precisamos ainda de muita pesquisa nesse paíspara a gente de fato compreender a nossa realidade. A gente ainda seespelha muito no que se faz fora do país”, afirmou.

O presidente do Centro deInformações Sobre Saúde e Álcool (Cisa),Arthur Guerra, disse que a os dados são fundamentais para obalizar as ações do Poder Público. “Todapolítica pública precisa ter embasamento”, destacou.

Ele também sente a falta deestudos sobre o assunto no Brasil. “Nós precisamos de maisdados, mais transparentes e mais objetivos”. Segundo ele, “fazfalta e nós não termos esses dados ainda”.

Guerra acredita, entretanto, que opaís está evoluindo no sentido de coletar informaçõese conhecer a realidade das drogas e seus efeitos. “Nosso paísé jovem em relação aos outros. Nósestamos evoluindo de forma positiva. Eu acho que nósprecisamos de mais dados. Nós começamos a coletar osdados agora. Estamos preocupados”, avaliou.