Países ibero-americanos vão trocar experiências na área de desenvolvimento sustentável

19/11/2009 - 16h22

Lúcia Nórcio
Enviada Especial
Foz do Iguaçu - Um dos convêniosassinados durante o 6º Encontro Cultivando Água Boa, em Foz doIguaçu, foi entre a Hidrelétrica Itaipu e a Espanha, um dos 26países representados no evento paralelo, o 7º EncontroIbero-americano de Desenvolvimento Sustentável (Eima7). Segundo o secretáriodo Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, organizadordo encontro, a intenção é fazer um intercâmbio entre os paísesibero-americanos e trocar experiências na área do desenvolvimentosustentável. “O mundo está muito lento na busca de soluçõespara as questões socioambientais. E o Brasil tem despontado pela suamatriz energética criativa e patrimônio ambiental”.De acordo com osecretário, os participantes estão interessados nas iniciativasbrasileiras, como algumas desenvolvidas no Paraná. Na apresentação,o secretário falou do Programa Mata Ciliar, que chegou à marca de100 milhões de mudas plantadas e da mobilização nacional parasalvar a floresta com araucária. Com as ações de fiscalizaçãorealizadas em conjunto com o governo federal, o Paraná apresentaredução de 41% no desmatamento.Para o diretor-geral daItaipu Binacional, Jorge Samek, a principal alternativa paraalcançar o desenvolvimento dos países sem prejudicar o meioambiente é investir em energias renováveis. Ele explicou que oBrasil tem uma matriz energética bastante limpa, mas explora apenas30% de seu potencial hidráulico.Samek adiantou que osetor elétrico brasileiro dará início a um novo ciclo, em 2010,quando serão concluídas as primeiras usinas hidrelétricas quefazem parte do plano de expansão.Hoje, o setor elétricoconta com 103.033 megawatts (MW) instalados, dos quais 75,2% correspondem ausinas hidrelétricas, 22,3% a térmicas, 2% a nucleares e 0,4% aeólicas.O presidente daFundação Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente, da Espanha),Gonzalo Echagüe Méndez de Vigo, disse que o Brasil éprivilegiado por não ter sido atingido de forma tão intensa pelacrise econômica internacional. “E quanto à crise ambiental, essaserve de aviso para qualquer país mudar suas práticas nas açõesvoltadas para o desenvolvimento.”O 6º EncontroCultivando Água Boa termina amanhã (20), com 4,3 mil participantes,um recorde no número de inscritos.