Ministério Público quer saber razão da demora na liberação da Rio-Teresópolis

19/11/2009 - 19h16

Luiz Augusto Gollo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal (MPF) emTeresópolis, na região serrana fluminense, instaurou inquérito civil público para apurar se aConcessionária Rio-Teresópolis (CRT) cumpre o contrato de concessão darodovia, sobretudo na prevenção de deslizamentos de encostas na pista. O MPF investigará também por que a empresa demorou para liberar a pistadepois da interdição provocada pelo desmoronamento que vitimou usuáriosda rodovia. Os moradores de Teresópolis ficaram entre os dias 15 e 18sem acesso ao Rio de Janeiro.Oprimeiro passo do procurador da República Leonardo Costa, responsávelpela instauração do inquérito, foi pedir esclarecimentos, em até dez dias, à CRT, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Aconcessionária deverá explicar por que demorou a liberar a pista nosúltimos dias e informar as medidas tomadas para prevenir desabamentos equedas de barreira entre o Mirante da Vista Soberba e o fim da serra.OMPF questiona também a agência reguladora sobre as medidas adotadaspela CRT para prevenir acidentes e quer informações sobre afiscalização do cumprimento dessas ações. A ANTT foi consultadasobre as providências que tomou quanto aos deslizamentos do último dia15, sobre a interrupção da BR-116 por três dias no trecho entreTeresópolis e o Rio de Janeiro esobre a existência de vias alternativas para o uso das empresas detransportes coletivos que atuam no trecho da BR-116 recém-interditado.Ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos, o MPF pediu informações sobrecomo ele tem prevenido deslizamentos no trecho da BR-116, que corta oparque, bem como sobre a elaboração de relatórios técnicos sobre aqueda de barreira no último dia 15. Tanto a CRT como o Parque Nacionalforam consultados sobre a existência de estudos geológicos com ospontos críticos de desmoronamento.