Justiça Eleitoral em Honduras diz que população poderá votar com tranquilidade

18/11/2009 - 7h11

José Donizete
Enviado Especial
Tegucigalpa (Honduras) - Nem o governo de fato de Roberto Micheletti, em Honduras, nem os líderes da resistência do presidente deposto Manuel Zelaya deram mais informações, nessa terça-feira (17), sobre a saída do padre salvadorenho Andress Tamayo da embaixada brasileira. Tamayo, que deixou, no fim da tarde de segunda-feira (16) a Embaixada do Brasil  - onde estava desde 21 de setembro acompanhando Zelaya - acabou se transformando em guia espiritual da resistência.  Assessores do presidente deposto disseram, segunda-feira (16), que o religioso saiu para acompanhar uma irmã que está muito doente em San Salvador e foi direto para a embaixada do país em Tegucigalpa.O cônsul de El Salvador, que acompanhou a saída de Tamayo da embaixada brasileira, se comprometeu com o governo Micheletti a retirar o padre de Honduras até hoje (18).A menos de duas semanas para as eleições, a Justiça Eleitoral considera que tudo está preparado para que a população possa ir às urnas com tranquilidade. O juiz Ortez Sequeira disse à Agência Brasil que o boicote defendido pela resistência preocupa, mas que acredita na coragem do povo hondurenho, que não vai se intimidar com as ameaças.Para garantir a tranquilidade, o tribunal já pediu que as Forças Armadas e a Polícia Nacional reforcem a segurança. Todos os centros eleitorais têm forte vigilância dia e noite.