Presidente do Incra diz que CPI para investigar repasse ao MST não é necessária

17/11/2009 - 18h20

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra), Rolf Hackbart, disse hoje (17) que os convênios entre oórgão e entidades sociais ligadas à terra são transparentes e nãohá necessidade de uma CPI para investigar repasse derecursos a ONGs supostamente ligadas ao Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criada no mês passado noCongresso.“Todosos convênios são auditados e estão dentro da lei. Onde tivererros, estamos corrigindo. Está tudo claro, tudo demonstrado noSiaf, no Orçamento Geral da União e a sociedade conhece. Eu nãovejo necessidade nenhuma de uma CPI”, afirmou Hackbart, queparticipa de audiência pública na Comissão de Agricultura daCâmara para dar explicações sobre o assunto.Segundoo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), a CPI do MST, além deinvestigar o destino dos recursos, ajudará o país a discutir o que deu certo e errado emtermos de ocupação do solo. Ele criticou a reforma agrária feitapelo governo. “Dessas 875 mil famílias que hoje estão assentadasno campo, a absoluta maioria está mais pobre do que antes de ir parao campo”.Em sua apresentaçãosobre o Incra, Hackbart disse que o instituto tem, atualmente,6.200 servidores trabalhando e 3.900 aposentados, númeroinsuficiente para cumprir todas as ações que lhe cabem. Segundo ele, há920.861 famílias assentadas no país em cerca de 80 milhões dehectares. O presidente do Incra disse que um dos maiores desafios no processo de reforma agráriaexecutado pelo Incra é o licenciamento ambiental.