Hélio Costa diz que exigências para Telefônica também deveriam ter sido feitas à Vivendi

17/11/2009 - 17h14

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, comentou hoje (17) a venda daGVT para a empresa francesa Vivendi e criticou o fato de a Telefônica ter sido submetida a regras e exigências que não foram impostas à Vivendi. “Eu acho que, quando se faz exigências, têm deser democraticamente para todos, para todo e qualquer comprador. Não sepode fazer exigências para um lado só, a menos que se tenha uma razãotécnica", afirmou o ministro. A Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel) havia aprovado a venda para qualquer dos dois grupos,mas fez quatro condicionantes à Telefônica para garantir que nãohaveria efeito danoso à competição no setor. Essas mesmascondicionantes não foram exigidas da Vivendi porque a empresa está entrandono mercado brasileiro, enquanto a Telefônica, que é espanhola, já atuafortemente em São Paulo. O ministro reconheceu que a vinda dogrupo francês para o Brasil deve favorecer a competição e a melhoriados serviços. “Acho que a entrada de outro competidor no sistema,nacional ou internacional, sempre resulta nisso: em competição,melhores serviços e preços menores para o usuário", declarou. Ontem (16),o presidente da Anatel, Ronaldo Sardemberg, também considerou positiva avenda da GVT para um grupo que ainda não atuava no país. Para ele, atransação traz a vantagem de novos investimentos no Brasil, além dacompetição e da queda de preços. A GVT foi comprada pela Vivendi por R$7,2 bilhões. O negócio foi fechado na última sexta-feira (13).