Hage critica posição do Brasil em ranking de corrupção

17/11/2009 - 18h20

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O controlador-geral da União (CGU), ministro Jorge Hage, criticou hoje(17) a posição do Brasil no ranking mundial de corrupção divulgado pelaorganização não governamental Transparência Internacional. Para oministro, um dos responsáveis pela fiscalização dos órgãos federais, oBrasil deveria aparecer em melhor colocação. O país subiu cincoposições no ranking de corrupção, que pesquisou 180 nações. O Brasil passou do80º lugar em 2008 para o 75º neste ano. Mas o relatório apontou que opaís ainda é marcado por escândalos impunes e corrupção política.Oministro alega que quanto o mais o país combate a corrupção, mais aumenta apercepção da população sobre o assunto. E cita como controverso, porexemplo, Cuba aparecer na 61ª posição, antes do Brasil. Hage argumentaainda que o método da pesquisa não diferencia se os casos de corrupçãoocorrem nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ou nos governosfederal, estadual ou nas prefeituras. As nações sãoclassificadas com notas de 0 a 10. Quanto menor a nota, mais corrupçãono país. O Brasil recebeu nota 3,7. Na mesma colocação estão Colômbia,Peru e Suriname.“Se o país não combate a corrupção e não temtransparência, não desperta a percepção da população. Quem maiscombate, mais levanta a percepção”, disse Hage, à Agência Brasil. Para o ministro, o Brasil tem combatido a corrupção. Ele aponta como avanços odetalhamento das despesas da União divulgado na internet, a identificaçãodas fraudes mais comuns na administração federal e a criação decorregedorias com o objetivo de o próprio Executivo aplicar punições. Ocontrolador disse ainda que o país tem sido convidado para participarde eventos internacionais anticorrupção, o que, segundo ele, confirmaa posição de liderança na América do Sul e o reconhecimento. O Chile e oUruguai são os sul-americanos que aparecem na melhor posição no ranking da corrupção, ambos em 25º lugar.