Minc critica postura de países ricos que tentam adiar definição de novo acordo climático

16/11/2009 - 16h17

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do MeioAmbiente, Carlos Minc, criticou hoje (16) a posição de paísesricos que tentam adiar a definição de um novo acordo climático,prevista para dezembro, durante a reunião da Conferência das NaçõesUnidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague.Ontem (15), os paísesricos reunidos em Cingapura consideraram irreal a possibilidade de umnovo acordo daqui a 20 dias.Minc afirmou que o fatode os dois maiores emissores de gases de efeito estufa – EstadosUnidos e China – não estarem dispostos a um compromisso numéricode redução é uma “ducha de água quente [nas negociações] queaumenta ainda mais a temperatura do planeta”.“Parece que fizeramum pacto de abraço dos afogados para um justificar a falta deempenho do outro. Já estávamos com problemas para chegar a umacordo. Isso é inaceitável.”O ministro defendeu aproposta brasileira apresentada na última semana de redução deemissões entre 36,1% a 38,9% até 2020 e afirmou que o Brasil vaicontinuar a articulação com outros países para tentar evitar umfracasso em Copenhague.O Brasil já firmou umacordo com a França e, segundo Minc, também está conversando comrepresentantes da África do Sul, do México e da Índia.“Temos que jogar comtodas as cartas para evitar que Copenhague naufrague. Isso não éuma negociação comercial, de açúcar, de algodão, é umadiscussão climática, do planeta. E nós não temos outro planeta.”Na avaliação doministro, além de negociações entre países, é preciso convencer aopinião pública da importância de um novo acordo sobre o clima emCopenhague.O ministro Carlos Mincparticipa agora à tarde de uma reunião do Conselhode Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que hojediscute mudanças climáticas. O ministro da Agricultura, ReinholdStephanes, também participa da reunião.