Governistas dizem que Lobão está disposto a explicar amanhã no Senado causas do blecaute

16/11/2009 - 0h21

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministrode Minas e Energia, Edison Lobão, já deu sinal verdeaos líderes da base do governo no Senado para articularem a ida dele, amanhã (17), à Comissão de AssuntosEconômicos (CAE). A finalidade é esclarecer as causas doblecaute da semana passada, que interrompeu por várias horas ofornecimento de energia elétrica em 18 estados e por algunsminutos no Paraguai. As informações são dos líderes da base aliada.Os governistas consideram que não hámotivos para que a audiência pública com Lobãoocorra somente na quinta-feira (19), quando a Comissão deInfraestrutura reúne-se, causando mais uma semana de desgasteao Executivo. Eles também trabalham com a expectativa deque o ministro apresente informações conclusivas paraesvaziar o requerimento de convite a Dilma Rousseff.Mesmo semo parecer técnico em mãos, que só ficarápronto no decorrer da semana, o ministro tem recebido informaçõesa todo tempo dos dirigentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS), responsável pelas investigações. Amanhã(17), no Rio de Janeiro, os especialistas envolvidos na investigaçãoreúnem-se para concluir o parecer sobre as causas do blecaute.O documento será entregue aos dirigentes e ao ministro.Aassessoria de imprensa de Lobão informou que, tambémamanhã, às 14 horas, o ministro tem reuniãoagendada com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétricoque envolve dirigentes do Operador Nacional do Sistema e da AgênciaNacional de Energia Elétrica (Aneel).Éjustamente com as informações já colhidas peloministro que os governistas no Senado trabalham para que Lobãodê explicações convincentes sobre o episódio.O objetivo é evitar mais uma semana de desgaste políticopor conta das repercussões do blecaute. O líder doPSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), apresentou requerimentos nasemana passada para que Edison Lobão e Dilma Rousseff,ministra-chefe da Casa Civil e ex-ministra de Minas e Energia,comparecessem ao Senado.