Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Na avaliação do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, mesmo a empresa tendo um lucro líquido 26% menor no terceiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, o balanço financeiro da companhia destaca três questões importantes: primeiro o aumento de produção, segundo a recuperação da economia brasileira e terceiro a diminuição de custos da empresa sobre o controle da produção.Para Gabrielli, o fato de a estatal brasileira ter apresentado o melhor lucro líquido entre todas as empresas petrolíferas do mundo é consequência direta da política de preços adotada.“A política de preços que adotamos para a gasolina, o diesel e o gás liquefeito de petróleo, embora não nos tenha favorecido em relação a outras petrolíferas neste terceiro trimestre, nos favoreceu enormemente ao longo do ano", disse no Hotel Ceaser Park, na zona sul do Rio de Janeiro, após encontro com o presidente da petrolífera Repsol, Antonio Brufau."Mas, como não repassamos as variações dos preços desses derivados diariamente para o mercado brasileiro, no último trimestre nós não capturamos as vantagens que as outras empresas tiveram do aumento dos preços desses derivados no último trimestre”, destacou.Ao lembrar que, mesmo sem reajustar os derivados e tendo registrado queda de 26% no lucro líquido trimestral, o resultado da Petrobras ainda indica uma queda menor no lucro do que o registrado em outras grandes empresas do setor petrolífero, como a Shell e a Chevron.“E como temos redução de custo, aumento da atividade econômica e das vendas, a tendência é que nosso resultado seja muito bom no fechamento do ano.”Segundo os dados divulgados ontem pelo diretor Financeiro da Petrobras, o lucro líquido acumulado de janeiro a setembro deste ano pela estatal ficou em US$ 20,8 bilhões, resultado que é 22% inferior ao dos primeiros nove meses de 2008.