Veículos puxam quinta alta mensal consecutiva do varejo

13/11/2009 - 11h38

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O comércio varejistabrasileiro completou em setembro cinco meses de resultado positivo,tanto nas vendas como na receita nominal. Em relação a agosto, aalta nas vendas foi de 0,3% e a receita subiu 0,2%. Na comparaçãocom setembro do ano passado, as vendas subiram 5,0% e a receitanominal, 8,1%, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Comércio,divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).Em relação aagosto, sete das dez atividades pesquisadas apresentaram variaçõespositivas nas vendas, com destaque para veículos e motos (9,1%),equipamentos e material para escritório, informática e comunicação(8,8%), e móveis e eletrodomésticos (1,8%). Entre os que tiveramresultados negativos estão os segmentos de hipermercados,supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%) eartigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria ecosméticos (-1,1%).Na comparação comsetembro de 2008, também sete das dez atividades pesquisadas tiveramresultados positivos nas vendas. O destaque ficou com o segmento dehipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,que apresentou alta 9,7%.O documento do IBGE destaca que“esse resultado, acima da média (5,0%), justifica-se pelo aumentodo poder de compra da população, decorrente do crescimento da massade rendimento real habitual dos ocupados, bem como pela estabilizaçãodos preços do setor, que evoluíram no acumulado dos últimos 12meses em 2,3% no grupo alimentação no domicílio, ficando abaixo dainflação global medida pelo IPCA [Índice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo], 4,3%”.O segundo melhorresultado, ainda na comparação com setembro do ano passado, foi daatividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que englobalojas de departamento, óticas, joalherias, e de artigos esportivos ebrinquedos (6,6%).Entreas atividades com resultado negativo, na mesma comparação, odestaque foi o segmento de combustíveis e lubrificantes, comvariação de -4,3%. “Mesmo com a estabilidade dos preços doscombustíveis, houve redução de consumo de gasolina comum e óleodiesel, segundo dados da ANP [Agência Nacional do Petróleo]para setembro”, diz a pesquisa do IBGE.