Erradicação da aftosa é debatida em evento no Piauí

13/11/2009 - 15h43

Da Agência Brasil

Brasília - Estratégias a seremadotadas pelos estados do Nordeste para prevenção e erradicaçãoda febre aftosa foram debatidas no Circuito Pecuário Nordestino,encerrado hoje (13). O encontro, promovido peloMinistério da Agricultura, em parceriacom o governo do estado do Piauí, reuniu durante dois dias, em Teresina, secretários de agricultura dos estadosnordestinos, dirigentes e técnico das Agências de DefesaAgropecuária e das Superintendências Federais de Agricultura(SFA's) e representantes do governo federal. A intenção é queos rebanhos brasileiros estejam livres da doença até 2010.No primeiro ciclo devacinação, 95,4% dos rebanhos foram imunizados no estado do Piauí. “A aftosa é umadoença que atinge o bolso dos produtores. Quando os animais ficamimpossibilitados de serem exportados para outros estados, o prejuízo econômico é muito grande”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural do estado, RubensMartins, dizendo que os índices de vacinação devem continuar significativos na segunda etapa da campanha que vai até 30 de novembro. “Esperamos atingir umstatus de risco médio para poder liberar nossas fronteiras e dar umamelhor valorização a nossos animais, pois estamos há 14 anos semfebre aftosa no Piauí”, declarou Martins em referência às exportações. Martins acredita que em 20 dias os técnicos e auditores do Ministério da Agricultura possam fazer areclassificação do estado, aguardada pelos produtores. O Ministério daAgricultura estima que no Brasil existam 200 milhões de cabeçasbovinas e um milhão de bubalinos (búfalos), que também devem servacinados. Em todo o país a prevenção da doençase dá por meio da imunização obrigatória em campanhasanuais, mas apenas Santa Catarina é livre da febre aftosa semvacinação.Afebre aftosa é transmitida pelo ar, alimento e pela água de um animalpara outro. Alguns estados do Brasil, a exemplo de Alagoas, nãocontabilizam casos da doença há pelo menos dez anos. NoMaranhão, em Pernambuco, Alagoas e no Rio Grande do Norte, a 2ª etapa deimunização dos animais terminou no dia 31 de outubro e aexpectativa agora é o resultado da campanha para melhorar areclassificação, importante para as exportações, já que neste momento estes estados ocupam ostatus de risco médio. O circuito pecuário foi criado parareunir estados com sistema de produção e comercializaçãosemelhantes e ampliar as relações de trânsito, possibilitandoadoção de ações adequadas para o controle de doenças.