Rio de Janeiro vai receber recursos federais para combater os efeitos da chuva

12/11/2009 - 16h17

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo federal deve incluir o Rio de Janeiro em uma medida provisória que vai liberar R$ 400 milhões para socorrer vítimas, combater e prevenir efeitos de fortes de chuvas no Espírito Santo, em Minas Gerais e no Paraná. De acordo com o governo do Rio, a inclusão foi acertada hoje (12) com o governador Sérgio Cabral pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que visita o estado após o forte temporal de ontem (11). Pelo menos três pessoas morreram. As chuvas atingiram 500 famílias. A chuva forte afetou a Baixada Fluminense e a região metropolitana do Rio. Entre os municípios mais prejudicados, está Tanguá, a cerca de 50 quilômetros da capital. Com 30 mil habitantes, o município está submerso. A prefeitura providenciou dois abrigos de emergência para receber os desalojados, que, segundo a Defesa Civil municipal, passam de 600 pessoas.Para o município, além de medidas emergenciais como envio de água, colchonetes e cobertores, o Ministério da Integração Nacional e o governo do Rio anunciaram, hoje, o repasse de R$ 2 milhões, que já estavam acertados, para recuperação dos estragos com as chuvas de janeiro e dezembro passado.  Com os prejuízos de ontem, os cálculos do governo estadual apontam para a necessidade pelo menos mais R$ 13 milhões. “A situação é muito complicada. É cinco vezes pior do que nas chuvas de janeiro”, afirmou o prefeito de Tanguá, Carlos Roberto Pereira.Mais 28 municípios afetados com as chuvas de janeiro e dezembro do ano passado serão beneficiados com R$ 90 milhões. De acordo com o ministro Geddel Vieira Lima, os recursos não estão atrasados. “Uma coisa é prevenção, e outra é recuperação. Esse dinheiro é para recuperação. Demora um pouco porque precisamos de um levantamento dos danos”, afirmou o ministro. Para prevenção, citou obras de drenagem e dragagem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, iniciadas durante o ano.Para acompanhar de perto a situação na Baixada Fluminense e na região metropolitana, o ministro Geddel e o governador Sérgio Cabral fizeram um vôo de helicóptero pelas áreas alagadas em Tanguá, Belford Roxo e Duque de Caxias, onde foi anunciada a instalação de um hospital de campanha e se comprometeu a pagar o aluguel de desalojados.Segundo o governador, a situação não é pior porque o governo faz obras nos rios da região. A Secretaria Estadual do Ambiente informa que retirou dos rios da Baixada 1 milhão de metros cúbicos de lixo e removeu cerca de 750 famílias de áreas de risco, evitando desabamentos. No entanto, a previsão é de que as obras sejam concluídas em outubro de 2010.