Relatório da FAO destaca avanços do Brasil no combate à fome

11/11/2009 - 21h16

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil é umdos quatro países citados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura eAlimentação (FAO) como destaque na diminuiçãoda fome. É o que aponta o relatório Caminhos para oSucesso, divulgado hoje (11) pelo órgão. Na próximasemana, mais de 60 chefes de Estado participam da CúpulaMundial de Segurança Alimentar, em Roma.O estudo destaca oprogresso feito por 16 dos 79 países monitorados pela FAO nocombate à fome. O Brasil, a Armênia, Nigéria eo Vietnã são exemplificados como casos de sucesso por teremque conseguidos ou perto de atingir a meta de reduçãoda fome em 50% até 2015. Segundo o relatório,esses países têm quatro pontos em comum que ajudaram na diminuição do problema: a criação de um ambiente parapromover o crescimento econômico e o bem-estar social,os investimentos na população rural e nos grupos sociais maisvulneráveis, a garantia de que os avanços se mantenham eo planejamento de um futuro sustentável. A FAO cita o programaFome Zero como um exemplo de estratégia para atingir os grupos maisvulneráveis e a população rural pobre. “Ogoverno mobilizou autoridades locais e organizações dasociedade civil para apoiar a estratégia que envolveu atransferência de recursos para um fundo”, diz o relatório. Outra estratégiaimportante para reduzir a fome é o apoio aos pequenosagricultores. O documento conclui que este é um doscaminhos mais econômicos e eficientes para combater a pobrezada população das zonas rurais. “Cerca de 85% dosagricultores do mundo são donos de propriedades menores do que2 hectares. Os pequenos agricultores e suas famíliasrepresentam 2 bilhões de pessoas, ou um terço dapopulação mundial”. A Indonésia, o Méxicoe Serra Leoa são exemplos de países que desenvolvemestratégias inovadoras para apoiar esse público.  O texto destaca ainda que em1991 o Brasil tinha 15,8 milhões de pessoas subnutridas, 10% da população. Em 2005 o númerocaiu para 12 milhões, o equivalente a 6%. A FAO tambémafirma que o país teve a redução “maisimpressionante” das taxas de crianças subnutridas entre ospaíses em desenvolvimento, especialmente no Nordeste.