Paulo Bernardo: causa do blecaute requer explicação precisa para evitar especulações

11/11/2009 - 13h29

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo,disse hoje (11) que o blecaute ocorrido em 18 estados nanoite passada necessita de uma explicação “precisa” dasautoridades como forma de evitar especulações ou qualquer tipo deinsegurança na população.O ministro admitiu quediante um problema de tamanha dimensão não existe alternativa parasubstituir o fornecimento de Itaipu. Mesmo fazendo questão de deixarclaro que não é especialista no assunto, Bernardo disse que aRegião Sudeste tem mais 30% da capacidade energética fornecida pelausina de Itaipu. Ele rebateu críticas de que o sistema poderia ter sido substituídopor termoelétricas na hora do blecaute, para fornecer a energianecessária às regiões atingidas. Paulo Bernardo explicou quenenhum outro mecanismo naquele momento seria capaz de compensar ofornecimento de Itaipu. “Na hora que caiu, asoutras não seguraram”.O ministro também nãoquis arriscar um palpite sobre a pane no sistema elétrico, masdescartou problemas na linha de transmissão pois, segundo ele, se alinha tivesse sido danificada, a eletricidade não teria voltado maistarde.Paulo Bernardo disse ainda que o blecaute não foi ocasionado porproblema de geração já que esteve na região há dez dias econstatou que as usinas jogam água pelos vertedouros em consequênciado volume armazenado nas represas.“A capacidade degeração está intacta e tem água sobrando. Isso é generalizado naregião em todas as hidrelétricas da bacia do Paraná”.Como os técnicospassaram a noite na tentativa de restabelecer o abastecimento deenergia, só hoje poderão se dedicar à análise dos eventos e aosdados armazenadas nos computadores, já que o sistema é todoinformatizado e pode fornecer informações sobre onde começou oproblema, disse o ministro.Ele negou tambémproblemas de investimento no setor e disse que o sistema funcionanormalmente. Paulo Bernardo destacou que um acidente ninguém podedizer que não irá acontecer.