Lula convoca reunião para definir posição do governo sobre reajuste de aposentadorias

11/11/2009 - 21h16

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva convocou reunião para amanhã (12) com líderesda base governista na Câmara para fechar posição sobre o reajustedos aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimoem 2010.Os aposentados querem oaumento aplicado ao salário mínimo, cerca de 8%. O governopermanece na defesa do cálculo acertado com as centrais sindicais:inflação acumulada, usando o Índice Nacional de Preços aoConsumidor (INPC), mais metade do Produto Interno Bruto (PIB) de2008, ou seja 2,5% - resultando em um ganho de 6%, abaixo doreivindicado pelos aposentados. A ideia é que a regra vigore tambémem 2011.Um dos principaismotivos para rejeitar o pedido dos aposentados é o estouro nas contasda Previdência Social. O líder do governo na Câmara, deputadoHenrique Fontana (PT –RS), espera compreensão dos parlamentares edos aposentados para levar a proposta do governo à votação noCongresso e, assim, não seja aprovada emenda que prevê o mesmoíndice de reajuste do salário mínimo a todos os beneficiários daPrevidência.“Percebo que muitoscompreendem que esse ganho acima da inflação, de acordo com metadedo crescimento da economia, é uma conquista importante. Ao longo dosúltimos 15 anos, nunca houve uma reposição além da inflacionária.Estamos falando daquilo que é possível”, disse, depois de reuniãocom o presidente Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB),sede provisória da Presidência da República.Fontana defende ainda ofim do fator previdenciário no caso do trabalhador que contribuiupor 35 anos sem nunca ter sido demitido. Hoje, o trabalhador queiniciou a carreira com 18 anos de idade e se aposenta depois de 35anos de contribuição perde 30% do benefício por conta do fatorprevidenciário, criado para impedir aposentadorias precoces. Parareceber todo o benefício, teria de trabalhar até os 61 anos.Sem o fator, conforme odeputado, o trabalhador terá de ficar no emprego até os 56,5 anos parater direito à aposentadoria integral.