Falha em subestações de transmissão pode ter causado blecaute, diz associação

11/11/2009 - 16h02

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), César de Barros Pinto, disse hoje (11) à Agência Brasil que, “descartadas as hipóteses de queda de linha e de tempestade de raios ocorridas simultaneamente em diversas linhas de transmissão”, a hipótese mais provável para o blecaute que atingiu ontem (10) boa parte do país é a de falha de equipamentos das subestações de transmissão de energia.Segundo Barros Pinto, não houve registro de queda de linhas de transmissão, e ainda não há confirmação de tempestade de raios na região que interliga Itaipu ao centro de carga de São Paulo no momento do blecaute. “Pelo que vi na mídia, os registros de tempestades de raio diferem do momento em que ocorreu o apagão”, disse.“Apesar de ainda não sabermos qual foi a causa, acreditamos que um desligamento desse tipo é excepcional e só ocorre necessariamente por fatores diversos. Uma possibilidade que precisa ser investigada é a de falha nas subestações”.Ele explicou que o problema pode ter ocorrido a partir da falha de um disjuntor, que, dependendo do local, pode ter desencadeado um efeito dominó que desligou preventivamente outras linhas. “Pode também ter sido por uma atuação indevida da proteção diferencial de barra, que é um sistema de proteção similar ao que as casas têm para evitar curtos-circuitos”, acrescentou.O diretor da Abrate admite também a possibilidade de que fatores humanos e técnicos possam ter causado o problema. “Isso é natural até mesmo em nosso sistema, que é muito bom e de grande confiabilidade”.