Servidores federais do Ministério do Trabalho entram em greve em São Paulo

10/11/2009 - 14h43

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os serviços de emissão de carteira do trabalho e do seguro-desemprego, além de outros tipos de atendimento ao público, foram suspensos hoje (10) , na Delegacia Regional do Trabalho,  na capital paulista, por causa da greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, ao qual está vinculada a DRT. A paralisação, que envolve servidores de 13 estados, é por tempo indeterminado e conta com a adesão de 700 dos cerca de mil funcionários do ministério em São Paulo, segundo informou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado de São Paulo (Sindsef-SP), Carlos Daniel Gomes Toni.De acordo com Toni, a greve foi decidida depois que foram suspensas as negociações da pauta de reivindicações dos trabalhadores, que vinham ocorrendo desde fevereiro. Os servidores pedem a implantação imediata do Plano de Carreira Específico dos Servidores; a regulamentação da jornada de 30 horas semanais, com dois turnos de seis horas e diárias para que possam melhorar o atendimento à população. Eles querem ainda melhores condições de trabalho, paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas e aumento do número de vagas para contratação dos remanescentes do último concurso.Entre as queixas, Carlos Daniel destacou o valor do vale-refeição, de R$ 6,54 por dia, considerado insuficiente para cobrir as despesas com a alimentação. Além disso, afirmou que os funcionários em cargos de comissão são mais valorizados no emprego público, tendo obtido reajuste salarial de 160%. “O governo ampliou a contratação dos cargos comissionados em 4 mil, passando a contar com 14 mil”, informou ele.Os servidores farão assembleia na próxima segunda-feira (16), às 13h, para decidir os rumos do movimento.