Ministros dos países do G20 discutiram medidas para evitar crises globais como a de 2008

07/11/2009 - 17h33

Da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, tentam avançar na discussão de reformas do sistema financeiro internacional que permitam evitar a repetição de crises econômicas globais como a de 2008. Eles se reuniram em Saint Andrews, na Escócia.O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, disse hoje (7), no último dia da reunião, que é inaceitável que os benefícios do sucesso dos bancos sejam aproveitados apenas por alguns, mas que seus prejuízos pesem sobre toda a sociedade. Segundo ele, é preciso que haja uma “distribuição justa de riscos e recompensas”.Brown propôs a criação de um fundo para a ajuda a bancos em dificuldades no futuro, que poderia ser financiado por um imposto global sobre transações financeiras. O primeiro-ministro britânico disse também que é essencial haver progressos sobre o financiamento para combater o aquecimento global.Esta é a terceira reunião ministerial do ano do G20, que também realizou duas reuniões de cúpula, com a presença de presidentes e primeiros-ministros dos países membros, em abril, em Londres, e em setembro, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. As informações são da BBC Brasil.Ao final do encontro, os ministros e presidentes de bancos centrais secomprometeram a manter medidas de estímulo até que a recuperação daeconomia global esteja consolidada. “As condições econômicas efinanceiras melhoraram após a nossa resposta coordenada à crise. Noentanto, a recuperação ainda é instável e permanece dependente depolíticas de apoio, e a alta taxa de desemprego é uma grandepreocupação”, diz o documento final do encontro. “Pararestaurar a saúde da economia global e do sistema financeiro, nósconcordamos em manter o apoio à recuperação até que ela estejaconsolidada.” Os participantes da reunião do G20 também secomprometeram com ações para garantir o financiamento necessário nocombate às mudanças climáticas e em trabalhar juntos para o sucesso daconferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhague, na Dinamarca, no próximo mês.