Jobim diz que disputa por fornecimento de caças ao Brasil está "fortíssima"

06/11/2009 - 15h51

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa,Nelson Jobim, voltou a afirmar hoje (6) que a disputa entre osfabricantes para fornecer os aviões caça ao Brasil está“fortíssima”, mas evitou polemizar.“Não entro em brigade empresa”, disse após visitar o Centro Tecnológico do Exército(Cetex), na zona oeste do Rio de Janeiro.De acordo com oministro, o principal objeto da polêmica entre os fornecedores é aquestão da troca de tecnologia e destacou que, neste ponto, os EstadosUnidos não têm antecedentes favoráreis. “O problema com osEstados Unidos são as questões do passado. O passado é um grandeexemplo de embargo da transferência de tecnologia. Hoje assistimos aisso aqui [Cetex].”Jobim explicou quedurante a visita ao centro tecnológico ouviu relatos dos militaresdenunciando que as empresas norte-americanas só iriam fornecertecnologia para a conclusão de equipamentos militares, como baterias,pilhas térmicas e propelentes, daqui a dez anos.A dificuldade deconcretizar acordos de troca de tecnologia, na avaliação doministro, é um problema para vários países. “Isso faz parte dojogo”, afirmou, “todos os países do mundo não querem que osoutros se desenvolvam tecnologicamente. Mas o Brasil vai sedesenvolver”, assegurou.O Ministério da Defesapretende anunciar o vencedor da licitação para a compra de 36 caças até o fim do ano. A Aeronáutica ainda avaliaas propostas recebidas. Entre os concorrentesestão os aviões Rafale, da francesa Dassault, os caças F/A-18 SuperHornet, da norte-americana Boeing e o Gripen NG, da empresa sueca Saab.