Programa reforça combate ao bicudo do algodoeiro

05/11/2009 - 16h56

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Paratentar controlar o bicudo - praga que ataca os algodoeiros no Brasil há26 anos - e diminuir os gastos dos produtores com pulverizações,a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão(Abrapa) vai elaborar, dentro do Programa de Combate ao Bicudo doAlgodoeiro, propostas que definam as responsabilidades de todos envolvidos com a produçao, desde o conicultor até o governo e o Congresso Nacional.“O programa tem oobjetivo de baixar o nível da população dobicudo para que seja uma praga secundária, com o gasto bemreduzido. A gente imagina que os custos de hojedo produtor no combate, na média de US$ 120 a US$ 140 porhectare ao ano, cairiam para cerca de US$ 20 a US$ 30 em atécinco anos”, afirmou o presidente da Abrapa, Haroldo Rodrigues daCunha, durante entrevista coletiva no 1º Workshop doPrograma Abrapa de Combate ao Bicudo do Algodoeiro.Segundoele, além da economia de US$ 100 dólares no custo deprodução, também estaria controlado o riscoeconômico da praga, que nos casos mais graves chegou a causarperda de até 60% na produtividade de algumas propriedadesalgodoeiras no país. Cunha explicou que o objetivo do setor éiniciar ações articuladas no país e criar regras para o combate à praga.“Épreciso ter na lei a garantia de que isso passe a ser não maisum programa voluntário, mas que o produtor tenha suasobrigações e haja sanções, casonão se cumpra as medidas previstas no programa”, avaliouCunha. Um cálculo feito para o controle do bicudo em algunspaíses afetados na América do Sul, incluindo o Brasil,foi estimado em US$ 700 milhões. Aproximadamente um terçodisso seria o total necessário a ser gasto no país porprodutores, que seriam responsáveis pelo pagamento da maior parte dos custos, instituições privadas egovernos federal e estaduais.