Lula diz a empresários ingleses que Brasil crescerá 5% no ano que vem

05/11/2009 - 16h11

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (5), duranteencontro com empresários em Londres, que o Brasil vai crescer 5% noano que vem. Ao falar sobre os resultados de programas sociais esobre a situação da economia brasileira, Lula destacou que estáocorrendo uma “revolução silenciosa” no país, que vive ummomento “excepcional”. “Nossosistema financeiro está muito saudável, o crédito já retornou aosníveis de antes da crise e os juros apresentam as taxas mais baixasdas últimas décadas”, afirmou o presidente, durante um semináriosobre identificação de oportunidades de investimento no Brasil,patrocinado pelos jornais FinancialTimese ValorEconômico.Sobreos juros, ele disse que gostaria que fossem um pouquinho mais baixose prometeu “brigar por isso”. Ele aproveitou para pedir a reduçãoda taxa básica de juros (Selic, atualmente em 8,75% ao ano), já quena plateia estava o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Lulachamou os ingleses para redescobrirem o Brasil como um destino parainvestimentos e afirmou que esta é a hora do país. “Nós,brasileiros, estamos assim, cansamos de ser o país do futuro, detantas promessas no século 20, e agora não queremos perder nenhumaoportunidade no século 21. Estou convencido de que o século 21 é oséculo do Brasil.”Numdiscurso de 50 minutos, Lula falou também sobre os programas sociaisdo governo, apresentando dados de alguns, como o Bolsa Família, oLuz para Todos e o da concessão de microcrédito para os maispobres. Segundo o presidente, desde o início, seu governo deixouclaro que não toleraria a inflação, que afeta sobretudo os maispobres. Citou ainda os investimentos para exploração do pré-sal epara obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Opresidente lembrou sua origem de torneiro mecânico e disse que, aoelegê-lo, os brasileiros mostraram que queriam romper com um modeloem que os dirigentes governavam apenas para uma parcela da população,deixando de lado os mais carentes. Alémdo presidente do Banco Central, participaram do seminário osministros Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civilda Presidência da República.