Parlamentares prorrogam discussão sobre eleições do Parlasul

04/11/2009 - 17h54

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No momento em que o Senado Federal se divide na polêmica sobre aaprovação da adesão da Venezuela no Mercosul, os parlamentares prorrogama discussão sobre o projeto de lei que estabelece as regras para aseleições dos deputados brasileiros no Parlamento do Mercosul (Parlasul)– que deverão ser realizadas no mesmo dia das eleições majoritárias, noprimeiro domingo de outubro. O objetivo é eleger 37 parlamentares. Desde agosto otexto aguarda votação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Masnão há previsão para ser incluído na pauta. Se a medida não for votadaaté o recesso do Natal, as eleições para o Parlasul não serãorealizadas em 2010.O texto em discussão é resultado de umtrabalho conjunto dos deputados Dr. Rosinha (PR) e Carlos Zarattini(SP), ambos do PT. Rosinha modificou o original elaborado por Zarattinipara permitir que parlamentares que pertencem a pequenos partidosparticipem das eleições do Parlasul.Segundo o texto de Rosinha,as vagas da representação brasileira serão distribuídas entre ospartidos que atingirem o quociente eleitoral, calculado pelo total devotos válidos dividido por 37, número da bancada brasileira no Parlasul. Asvagas serão preenchidas por intermédio da divisão dos votos válidosatribuídos a cada partido pelo número de lugares já ocupados mais um. Alegenda que apresentar o melhor resultado fica com a cadeira. Otexto recomenda ainda que seja realizada, pela Justiça Eleitoral, umacampanha nacional de esclarecimento à população sobre o significado doParlasul. A campanha inclui horários em rádio e televisão e mais tempode cinco minutos para os candidatos mostrarem suas propostas. Pelaproposta do Dr. Rosinha, as listas partidárias serão formadas por até111 nomes – recomendadas pelo partido ou pela coligação. Uma vez eleitos osparlamentares, os cinco primeiros membros da bancada brasileira deverãoser representantes de cada uma das regiões do país e dois deles deverãoser do sexo feminino. De acordo com o texto, aquele que secandidatar a uma vaga do Parlasul está proibido de concorrer a umacadeira na Câmara dos Deputados. Mas isso também pode ser modificadopelos parlamentares.