Analistas de mercado reduzem projeção de inflação em 2009 e 2010

03/11/2009 - 9h07

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Analistasdo mercado financeiro reduziram as estimativas para a inflação esteano e em 2010. A projeção para o Índice de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA), em 2009, caiu de 4,29% para 4,27%. Para 2010, aestimativa foi reduzida de 4,50% para 4,45%. A informação consta doboletim Focus, publicação semanal elaborada pelo BancoCentral (BC) com base nas projeções de mercado sobre os principaisindicadores financeiros. As estimativas estão, portanto,abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. Essa meta,válida para 2009 e 2010, tem limite inferior de 2,5% e superior de6,5%. Cabe ao Banco Central perseguir a meta de inflação e paraisso é usada a taxa básica de juros, a Selic. A projeção paraessa taxa foi mantida tanto para o final de 2009 (8,75% ao ano)quanto para o fim de 2010 (10,50% ao ano). Quando o BC considera quea economia está aquecida e os preços estão em alta, a taxa básicasobe e, quando ocorre o inverso, a Selic é reduzida. Osanalistas também fazem projeções para outros índices de inflação.A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, foi mantidaem 3,99%. Para 2010, a projeção passou de 4,40% para 4,50%.Parao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e oÍndice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa é dedeflação neste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de-0,41% para -0,44% e para o IGP-M, de -0,65% para -0,87%. Em 2010, osanalistas mantiveram a projeção de alta de 4,50% para esses doisíndices.A estimativa para os preços administrados foimantida em 4,10%, em 2009, e em 3,5% em 2010. Os preçosadministrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, comocombustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água,educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.Quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma detodos os bens e serviços produzidos no país, para este ano, foimantida expectativa de 0,18%. Para 2010, também não foi alterada aprojeção de 4,80%. A expectativa para a queda da produçãoindustrial teve uma leve alteração, de -7,56% para -7,57%, em 2009.Para o próximo ano, foi mantida a projeção de crescimento de6,50%. Os analistas também ajustaram a projeção para arelação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, quepassou de 43,95% para 44% neste ano e de 41,90% para 42% em 2010.Aexpectativa para a cotação do dólar ao final de 2009 foi mantidaem R$ 1,70. Para 2010, a previsão também não foi alterada (R$1,75).A previsão para o superavit comercial (saldopositivo de exportações menos importações) neste ano subiu de US$25,850 bilhões para US$ 26 bilhões. Para 2010, os analistasalteraram a estimativa de US$ 16 bilhões para 16,250 bilhões.Parao deficit em transações correntes (registro das transaçõesde compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com oexterior) neste ano, os analistas elevaram a estimativa de US$ 16,8bilhões para US$ 16,9 bilhões. Para 2010, foi alterada a projeçãode US$ 31 bilhões para US$ 32 bilhões.A expectativa para oinvestimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setorprodutivo do país) em 2009 foi mantida em US$ 25 bilhões. Para opróximo ano, a projeção também não foi alterada (US$ 33bilhões).