Agente de saúde escapa de acidente de avião na Amazônia

31/10/2009 - 11h52

Ivan Richard
Enviado Especial
Cruzeiro do Sul (AC) - Por muito pouco o agente de saúde Marineu Cardoso não embarcou com os sete funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e os quatro militares da Força Aérea Brasileira (FAB) na aeronave C-98 Caravan, que caiu na Floresta Amazônica na última quinta-feira (29).Marineu é filho de Marina Cardoso, uma das sobreviventes do desastre. Depois de passar a noite com a mãe no hospital em Cruzeiro do Sul, ele disse que os sobreviventes passam bem, apesar do estresse emocional.O agente de saúde contou à Agência Brasil que era um dos 14 funcionários escalados para a Operação Gota, no Vale do Javari - uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Defesa para imunização em 40 aldeias da região. Ao todo, 3,7 mil indígenas receberiam as vacinas."Sou [do setor] administrativo e iria dar apoio logístico, mas por problemas burocráticos e orçamentários foram apenas aqueles que fariam o trabalho in loco, como técnicos e enfermeiros", explicou.Segundo ele, quando começou a lançar as diárias de quem iria viajar, os recursos acabaram. "Fiquei pensando: nossa, poderia estar no avião. Mas veio alguma coisa. Vão [decidi] apenas os sete [da Funasa]", contou o agente.