Plenário do Senado vai decidir sobre posse de suplente de parlamentar cassado

29/10/2009 - 13h18

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ovice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), respondeu hoje(29) às críticas feitas pelo ministro do SupremoTribunal Federal (STF), Celso de Mello, de que as mesas da Câmarae do Senado tinham “resistência” em cumprir decisõesda Corte. A declaração foi feita durante julgamento doprocesso que confirmou o afastamento do senador Expedito Júnior(PSDB-RO) do cargo por compra de votos ontem (28) à tarde.“Osministros tem todo o direito de opinar, assim como também ofará o Senado”, disse Perillo.O STFdeterminou que a Mesa Diretora afaste o senador e dê posse aAcir Gurgacz (PDT-RO), segundo candidato mais votado para o cargo.Expedito Júnior já havia tido o mandato cassado pelaJustiça Eleitoral em 2008. Recorreu ao Tribunal SuperiorEleitoral, que manteve seu afastamento. Mas continuou na vaga porqueo Senado se negou a empossar Acir Gurgacz até que o Supremodecidisse a questão. Celso de Mello disse que essa“insubordinação é lamentável”.MarconiPerillo respondeu: “Minha opinião é a de que todas asdecisões devem ser cumpridas. Mas isso deve-se perguntar aopresidente da Casa. Eu sou apenas o vice-presidente”.O assuntodeve ser levado ao plenário do Senado, assim que o acórdãochegar à Casa. O primeiro-secretário, HeráclitoFortes (DEM-PI), disse que o assunto não foi tratado nareunião da Mesa Diretora desta manhã. “O acórdãotem de ser lido em plenário. Não é um assuntopara ser tratado na Mesa”, disse.