MEC inclui mais dois cursos de medicina em supervisão e corta 110 vagas

29/10/2009 - 20h03

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dois cursos de medicinaforam incluídos no processo de supervisão do Ministérioda Educação (MEC) e tiveram que cortar 110 vagas. NaFaculdades Integradas Aparício Carvalho (RO), o vestibular foisuspenso, e a Universidade Nove de Julho (SP) teve que reduzir 30 das100 vagas anuais que oferecia. Apesar de não terem conceitosinsatisfatórios nas avaliações do ministério, os cursos foram visitados por uma comissão de avaliaçãodepois que a pasta recebeu denúncias sobre os problemas na ofertado ensino. “A supervisãofunciona a qualquer tempo. Qualquer curso ou instituiçãopode receber a visita se o ministério receber uma denúnciaconsistente”, afirmou a Secretária de Ensino Superior, MariaPaula Dallari Bucci. Segundo o MEC, aUniversidade Nove de Julho estava recebendo alunos por meio de transferênciasalém de sua capacidade, o que acabava inchando as turmas. Jána Faculdades Integradas Aparício Carvalho, a deficiênciaestava na parte prática do curso, pois faltamhospitais e pacientes suficientes na região para que os alunos possamcumprir as atividades estabelecidas pelas diretrizes curriculares docurso de medicina.“Isso mostra que hámesmo um limite físico, não se pode abrir um curso demedicina em cidades saturadas”, disse. Por medida cautelar, oMEC já havia suspendido 580 vagas em sete cursos de medicinaque tinham recebido o conceito insatisfatório em avaliaçõescomo o Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade). Essas instituições já foram visitadas e asvagas permanecem suspensas pelo menos até janeiro de 2010,quando vence o prazo para que as faculdade cumpram algumas medidasfirmadas em acordo para melhorar a qualidade do ensino. Apósesse período será feita uma nova visita pela comissãodo MEC.“Cortar vagas nãoé uma punição, mas uma medida de prevençãopara a proteção dos alunos. Em geral, nas instituiçõesem que há corte de vagas ou suspensão do vestibular, ascondições melhoram porque elas param de admitir novosalunos e se focam na resolução do problema”, explicouMaria Paula.Os principais problemasverificados pelo ministério nas instituições queestão em supervisão são o corpo docente com baixatitulação, a inadequações do curso àsdiretrizes curriculares de medicina, falta de espaço paraprática, além de laboratórios e equipamentos precários.