Brasil precisa investir R$ 32 bilhões para recuperar estradas

28/10/2009 - 15h03

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil precisainvestir R$ 32 bilhões para recuperar todas as estradas queestão em más condições detráfego, segundo pesquisa divulgada hoje (28) pelaConfederação Nacional dos Transportes (CNT). Entre osproblemas encontrados, estão a má qualidade do asfalto(63,9%), estradas com sinalização ruim (54,2%) erodovias sem acostamento (46,3%).A pesquisa foi feita durante 45 dias e foramanalisados 89.552 quilômetros de rodovias, o que inclui todas as estradas federais pavimentadas e as principais estaduais. O presidente da CNT,Clésio Andrade, disse que os investimentos ainda nãosão suficientes para manter ou recuperar as estradas. “Ogoverno tem condições de colocar todo o sistema emcondições ideais em 10 anos. Depende de recursosfinanceiros e de boa vontade política”, disse.Apesar da situaçãoruim, houve melhoras em relação à últimapesquisa, em 2007. Segundo Andrade, houve melhoria de 26% a 32% das rodovias classificadas como ótima ou boa. Aspiores estradas estão na Região Norte.Mais de 90% das estradas apresentam más condições.A situiação mais crítica é no Amazonas, que tem toda a malharodoviária considerada como regular, péssima ou ruim.Em seguida, está o Acre, que tem 98,7% das estadas em condições precárias. Roraima foi o que teve a maiorparte das estradas avaliadas como ruins (43,6%) - a BR-210 foiconsiderada a pior estrada no estado. Asmelhores rodovias estão na Região Sudeste, onde 45,7% estão em boas condições.São Paulo apresentaas melhores condições das estradas. Mais de 70% delasestão em boas ou ótimas condições. Amelhor estrada é a BR-478 (entre Limeira e o litoral sul de SP), que foi avaliada como ótima. A SP-070 (que é privada) liga a capital paulista a Taubatée foi avaliada como a melhor estrada. O estado deMinas Gerais, que possui a melhor malha rodoviária do país,tem as piores estradas da Região Sudeste. Um total de 73,7% das estradas mineiras foi avaliada como ruim, péssima ouregular. Apenas as BR-496 (no norte do estado) e 464 (próxima a Uberaba) foram avaliadas como ótima ouboa. As outras nove foram avaliadas como péssima, ruim ouregular, sendo que a BR-482 (na região de Viçosa) foi a que recebeu a pior classificação.No total, 69% dasestradas brasileiras são ruins, e 31% estão em boascondições. Entre as rodovias sob gestão pública,77,6% não apresentam boas condições para osmotoristas e o restante (22,4%) tem boa trafegabilidade. No caso dasrodovias privatizadas, a situação se inverte: 76,5%estão em boas condições e 23,5% apresentamproblemas.