Banco do Brasil aumenta participação no mercado de previdência privada

28/10/2009 - 16h03

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco do Brasil (BB) quer aumentar a participação nomercado de previdência. Uma estratégia para isso, segundo a instituição, foirenovar a parceria na comercialização de produtos de previdência privada abertano Brasil com a empresa estrangeira Principal Financial Group, que é acionistada Brasilprev junto com o BB.O acordo prevê exclusividade na comercialização dos produtosda Brasilprev Seguros e Previdência, pelo Banco do Brasil, pelo prazo de 23anos. O acordo anterior de acionistas previa um prazo de 10 anos e venceu ontem(27).Agora, o acordo prevê que o BB ampliará sua participação naBrasilprev de 49,99% para 74,995% do capital social total. A nova composição acionária também estabelece que aPrincipal Financial Group terá 25,005% do capital total depois de comprar afatia de 4% que pertence ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (Sebrae). A Brasilprev é a terceira maior companhia de previdênciaprivada do Brasil em ativos.  A previsão é que, em 2022, o mercado de previdência chegue aR$ 1 trilhão em ativos no Brasil. A expectativa do BB é conquistar um terçodesse montante. Atualmente, os ativos do setor, no país, são estimados em cercade R$ 190 bilhões, sendo R$ 25 milhões da Brasilprev.Segundo o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do BB,Paulo Caffarelli, para os clientes, o benefício dessa mudança será a maiorcompetitividade no mercado. “Produtos bancários são muito semelhantes, o quediferencia é o atendimento, a marca, a qualidade e o preço. Quando há práticade competitividade nesse mercado, a tendência é que o preço possa melhorarporque vai ter mais ofertas, e passamos a ter produtos mais adequados ao nossocliente”, disse.  Para o banco, uma das vantagens está em conseguir recursos de longo prazo para osinvestimentos, como afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine. Segundo ele, atualmente se faz necessário uma captaçãode funding (caixa de investimento) de longo prazo para aplicação eminfraestrutura e no crédito imobiliário, por exemplo.“A estrutura de captação do sistema financeiro brasileiro sedá muito a curto prazo. Se faz captação de curto prazo para fazer aplicação delongo prazo”, explicou Bendine. Ele deu como exemplo o caso em que o banco pegarecursos da poupança, da qual o cliente pode sacar o dinheiro a qualquermomento, para emprestar para outro consumidor, por longo prazo, numa operaçãocomo o crédito imobiliário.O banco informou, ainda, que a BB Seguros e a PrincipalFinancial Group têm interesse em futuramente transferir para a Brasilprev ascarteiras de previdência privada atualmente comercializadas pela Mapfre NossaCaixa Vida e Previdência. Essa carteira é de R$ 1,6 bilhão.