Alencar defende redução nas taxas de juros do país

28/10/2009 - 15h48

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O vice-presidente da República, José Alencar, voltou à carga contra as taxas de juros no país. Para ele, os juros básicos praticados no Brasil ainda continuam muito alto, embora a economia esteja indo bem. Na opinião de Alencar, é preciso mudar o sistema de juros no Brasil.“Os juros no país ainda são muito alto e, por isso mesmo, é preciso mudanças no sistema de juros. Da forma que está, as atividades produtivas não conseguem remunerar adequadamente o custo do capital no país. Enquanto isso não acontece, o crescimento [da economia] fica prejudicado.”Alencar esteve hoje (28) na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde recebeu o primeiro título de sócio emérito concedido pela entidade e a medalha 200 Anos de História da ACRJ – Grau Ouro, a mais alta condecoração da casa.De acordo com o vice-presidente, os juros básicos da economia devem cair para que as pessoas possam atender ao apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que continuem comprando.“Queremos o desenvolvimento, queremos que as pessoas estejam sempre em condições de comprar aquilo que precisam, que, alias, é o que o presidente [Lula] ensina. Mas para que isso ocorra é preciso que as taxas de juros caiam, porque o consumidor não pode está pagando essa taxa atual, que atrapalha o desenvolvimento do país”, avaliou.Sobre a medida adotada pela equipe econômica de taxar o capital estrangeiro especulativo com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% para reduzir a apreciação do real ante o dólar, José Alencar disse não considerar a medida inócua. “Além de não ser inócua, ela tornou-se necessária porque o governo precisava acenar com alguma medida para evitar uma supervalorização da nossa moeda, com prejuízos para a economia nacional. Agora, é preciso ver o que acontece, as consequências da medida para que se possa administrar com o cuidado que as coisas têm que ser administradas, principalmente em se tratando de economia”.