Ainda não é possível afirmar se surto de meningite em Porto Seguro foi contido, diz médico

27/10/2009 - 0h47

Da Agência Brasil

Brasília - Desde a última sexta-feira(23), não há indícios de novos casos de meningite em Porto Seguro, noextremo sul da Bahia. Segundo o médico Juarez Dias, da Coordenação Estadual deVigilância em Saúde Pública (Cevest), é necessário aguardarum período após a notificação dos últimos casos para afirmar se o surtofoi controlado.“Na próxima semana serápossível saber se foi contido ou não. Podemos supor que foi controlado, maspara afirmar com exatidão precisamos aguardar alguns dias”, disse ocoordenador.Após participaram de um show no último dia 18 de outubro,em Trancoso, distrito de Porto Seguro, a 709 quilômetros de Salvador, oitopessoas foram diagnosticadas com suspeita de meningite. Dessas, sete tiveram a confirmação de que estavam com a doença. Quatro acabaram morrendo, nos dias 22 e23. Três mortos eram do sexo masculino: um jovem de 23 anos, de São Paulo, queestava na cidade havia 15 dias, e dois, de 16 e 17 anos,que moravam em Arraial d'Ajuda e Trancoso, respectivamente. A quarta pessoa a morrer por causa da doença foi uma mulher de 29 anos, também do município de Trancoso.A cidade disponibilizou atendimento de 24 horas nos postos de saúdepara prestar assistência aos casos suspeitos de meningite. Osecretário de Saúde do município, Manoel Messias Boaventura, informou que,mesmo havendo um controle da doença, foi firmada parceria com aSecretaria de Saúde do estado e o Ministério da Saúde com a intençãode evitar o aumento de casos. Eles têm trabalhado com o diagnóstico eo isolamento dos pacientes, para não haver o contágio.“Primeiramenteestamos alertando a população quanto à prevenção. Temos trabalhado paradetectar os focos, realizando o tratamento da doença ainda no estágioinicial. Todas as pessoas que tiveram contato íntimo com outras têm recebido o tratamento adequado”, relatou o secretário.Deacordo com o médico Juarez Dias, quem apresentou sintomas de meningitecomo febre, dores no corpo, dor de cabeça e na nuca e vômito recebeu assistência da Secretaria Municipal de Saúde, principalmenteaquelas pessoas que estiveram no local do evento. Segundo ele, o contágio se dá por meio do beijo e do uso compartilhado de copos outalheres, por exemplo.As pessoas que tiveram algum contato com as vítimas foram medicadas e não apresentaram nenhum sintoma da doença.