Fórum discute realização da Copa do Mundo de 2014 no país

26/10/2009 - 19h33

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Preocupados com aorganização da Copa do Mundo de 2014, que serárealizada em 12 cidades brasileiras, incluindo Brasília,representantes de diversos setores, de saúde, construção,acadêmico, e até de embaixadas de países que járealizaram o evento, como a Alemanha, participaram hoje (26) do terceiro encontro do  Fórum da Copa de 2014, organizado peloConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do DistritoFederal (Crea-DF) para discutir propostas que viabilizem a realizaçãodos jogos no país.Para os participantesdo fórum, a Copa do mundo de 2014 é uma oportunidadepara o país, não só pelos recursos financeirosque serão movimentados antes e durante o evento, mas tambémpor ser uma alavanca de desenvolvimento tecnológico e,inclusive, para os interesses estratégicos do Brasil. “Nossa únicaintenção é criar um fórum de discussõespara ajudar na formação de uma estrutura capaz deatender as necessidades para a realização da Copa”,afirmou o coordenador do Fórum da Copa de 2014, o engenheiroDilson Rehem, ressaltando que o Crea não tem a pretensãode exercer um papel de coordenação na realizaçãodo evento.Por outro lado, osrepresentantes comentaram a necessidade de cobrar do governo aaplicação de um cronograma específico para aCopa do Mundo de futebol e indicação das pessoasresponsáveis por seu andamento. Para Rehem, o ideal seria opaís se basear no modelo de sucesso da Copa da Alemanha, emque o governo investiu em infraestrutura, principalmente detransportes, mas deixou os estádios por conta da iniciativaprivada, por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs), concedendo o direito de exploração econômica porum tempo determinado.O consultor esportivoJosé Bonetti, que já esteve em oito Copas do Mundo esete Olimpíadas e participou de um seminário doMinistério do Esporte para tratar o assunto, disse que falta,dentro do governo, discutir coisas práticas, desde a realnecessidade de construir estádios tão grandes emalgumas cidades até a parte sanitária dos locais decompetições, como vestiários e alimentaçãooferecida. O pesquisador dodepartamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília(UnB), João Ernesto Rios, que também participou doseminário, também cobrou a discussão deinovações. “No seminário eu vi a preocupaçãoem não deixar o estádio cair, mas não em proporinovações na infraestrutura, de eficiênciaenergética e modernização de projetos”,afirmou.