Brasil é exemplo no combate ao trabalho escravo infantil

26/10/2009 - 18h09

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os programas sociais dogoverno federal, como o Bolsa Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), sãoapontados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) comomodelos que devem ser seguidos. O levantamento detalhado sobre otrabalho infantojuvenil no Brasil também deve ser tomado comoexemplo pelos países vizinhos. Dados recentes indicam que há cercade 4,3 milhões de crianças e adolescentes em atividades ilegais noterritório brasileiro, mas com tendência à redução.O coordenador doPrograma para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, RenatoMendes, disse hoje (26) que, em geral, as crianças e os adolescentesem situação de trabalho escravo têm atividades voltadas para aagricultura familiar, domésticas e comércio urbano no Brasil.De acordo com Mendes,os estados do Piauí, Maranhão e Tocantins são os que apresentam osnúmeros mais expressivos do país. “Mas os últimos dados indicamque os números estão caindo no Piauí e Maranhão e infelizmentetendo elevação no Tocantins”, disse ele.A diretora do ProgramaInternacional para Erradicação do Trabalho Infantil, MichelleJankanish, destacou o esforço do governo federal no combate aotrabalho escravo entre crianças e adolescentes. Para ela, o “Brasilconseguiu gerar novas competências e aumentar os esforços” paraeliminar o problema.Michelle se referiuindiretamente ao Programa Bolsa Família (PBF), que é detransferência direta de renda destinada a atender famílias emsituação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140)e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70).Para a OIT, outroexemplo de programa bem-sucedido é o Peti. O programa tem como objetivo contribuir para a erradicação de todas as formas de trabalho infantil no país, atendendo famílias cujas crianças e adolescentes com idade inferiora 16 anos se encontrem em situação de trabalho.Nesta segunda-feira(26), o governo do Brasil e de mais quatro países - Bolívia,Equador, Paraguai e Timor Leste – assinaram projetos de cooperaçãocom o apoio da OIT e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC),que vai repassar US$ 2 milhões para que executem as propostasconjuntas.