Analistas esperam inflação no centro da meta em 2010

26/10/2009 - 9h18

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Analistas do mercado financeiro esperam que a inflaçãoatinga o centro da meta de 4,5% em 2010. A informação é do boletim Focus,publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções domercado financeiro para os principais indicadores da economia.De acordo com o boletim, a previsão anterior para a inflaçãooficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2010, erade 4,41%. Essa é a segunda elevação seguida para o índice.A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BancoCentral, além do centro de 4,5%, tem limite inferior de 2,5% e superior de6,5%. Essa meta, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, é válida paraeste e para o próximo ano.Para 2009, os analistas ajustaram a previsão para o IPCA de4,30% para 4,29%.O BC usa a taxa básica de juros, a Selic, como instrumentopara controlar a inflação. A expectativa do mercado financeiro, para este ano,é de que os juros básicos sejam mantidos no atual patamar de 8,75% ao ano. Aofinal de 2010, os analista esperam que a taxa esteja em 10,5% ao ano, a mesmaprojeção do boletim anterior.Os analistas também fazem projeções para outros indicadores.A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou de 4,02% para 3,99%. Para2010, a projeção também caiu de 4,50% para 4,40%.Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna(IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa é de deflaçãoneste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de -0,29% para -0,41% epara o IGP-M, de -0,60% para -0,65%. Em 2010, os analistas mantiveram aprojeção de alta de 4,5% para esses dois índices.A projeção para os preços administrados caiu de 4,12% para4,10%, em 2009, e permaneceu em 3,5% em 2010. Os preços administrados sãoaqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica,telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo,entre outros.