Ministro da Agricultura e produtores querem fim das importações de fertilizantes

24/10/2009 - 13h11

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ReinholdStephanes, ganhou forte aliada, esta semana, na luta em defesa do usodas reservas nacionais de fósforo, potássio e nitrogênio, com vistas atornar o Brasil auto-suficiente em fertilizantes.Stephanesganhou o apoio formal da presidente da Confederação da Agricultura ePecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Nessa sexta-feira(23), ela elogiou a “indispensável e corajosa determinação” do ministro, detrabalhar por um marco regulatório que permita a exploração dasreservas nacionais de fósforo, potássio e nitrogênio.Só assim,diz ela, o Brasil poderá acabar com a dependência das importações defertilizantes para suprir nossas lavouras e pastagens, garantir aauto-suficiência nesse tipo de insumo, avançar em competitividadeexterna e disponibilizar alimentos mais baratos à população.Dadosda CNA mostram que o Brasil consome atualmente 24,6 milhões detoneladas de fertilizantes por ano e produz apenas 8,8 milhões detoneladas. As 15,8 milhões de toneladas que faltam são importadas comgasto de R$ 14 bilhões. Um dependência que, segundo ela, “não sejustifica”, uma vez que o solo nacional dispõe dos minérios necessáriospara suprir a carência brasileira por fertilizantes.A situaçãomais grave, segundo Kátia Abreu, envolve o potássio, insumo que exigemais de 90% de importações, quando temos jazidas a serem exploradas noAmazonas e na área que vai do Espírito Santo a Alagoas. Ela disse que ocloreto de potássio, que era negociado a R$ 800 a tonelada, no começode 2003, atingiu pico de R$ 1,8 mil em fevereiro deste ano, com aumento de 125%.A presidente da CNA se diz convencida de que “é indispensável o domíniodo Brasil sobre suas próprias reservas minerais”, e entende que “não hámotivos que justifiquem a necessidade de aquisição de fertilizantes noexterior, nos níveis atuais”.