Venda de títulos a pessoas físicas sobe em setembro, mas não bate recorde para o mês

23/10/2009 - 20h22

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internetencerrou setembro com alta em relação a agosto, mas queda na comparaçãocom setembro do ano passado. Segundo números divulgados há pouco peloTesouro Nacional, as vendas de papéis por meio do programa TesouroDireto somaram R$ 94,16 milhões no mês passado.O resultado foi1,82% superior ao de agosto, quando as vendas totalizaram R$92,48 milhões. Em relação ao mesmo mês de 2008, no entanto, as vendascaíram 17,91%.Em setembro, os investidores preferiram ostítulos prefixados, que concentraram 51,1% das vendas. Esses papéis têmos juros definidos no momento da compra, sem depender de outrosindexadores.Em segundo lugar, vieram os títulos corrigidos peloÍndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que responderam por 41,42%das vendas. Os papéis vinculados à taxa Selic, que mede os jurosbásicos da economia, representaram 7,48% das vendas no mês.OMinistério da Fazenda não informou o motivo da queda nas vendas dostítulos. No entanto, o coordenador-geral de Operações da DívidaPública, Fernando Garrido, admitiu ontem (22) que o Tesouro está diminuindo as vendas de títulos públicos para se contrapor à volatilidade do mercado nas últimas semanas.Osinvestidores estão pedindo juros mais elevados, porque apostam que oBanco Central elevará a taxa Selic no próximo ano. Se o TesouroNacional aceitar as taxas pedidas pelo mercado, o financiamento dadívida pública ficará mais caro.Apesar da queda nas vendas, onúmero de investidores que aderiram ao Tesouro Direto bateu recorde. Emsetembro, 166.919 aplicadores estavam cadastrados no programa. Somentenos últimos 12 meses, o total de investidores aumentou 25,13%.O Tesouro Direto foi criadoem janeiro de 2002 para popularizar a aplicação em papéisdo governo. A modalidade permite que pessoas físicas adquiramtítulos públicos diretamente pela internet. A compra é feita sem intermediários, mas o aplicador deve pagar taxa a uma corretora que ficará com a custódia dos títulos.