Operação deixa três feridos e provoca suspensão de atendimento em posto de saúde no Rio

23/10/2009 - 16h53

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo menos três pessoas ficaram feridas por balas perdidas, um apartamento pegou fogo e um posto de saúde interrompeu atendimentos hoje (23) por causa de tiroteios durante a operação policial realizada desde cedo no complexo de favelas da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Os três homens foram feridos por balas perdidas.Severino Marcelino dos Santos foi atingindo na cabeça e foi levado ao hospital em estado grave. Duas pessoas foram feridas com tiros de raspão. Expedito José Rodrigues, 57 anos, foi ferido na perna e liberado depois de ser atendido. Já Bruno de Barros, 86 anos, foi ferido no tórax e permaneceu no hospital, em observação.Balas perdidas atingiram também dois apartamentos de um prédio localizado nas proximidades do morro. Em um deles, uma bala “traçante” teria passado pela janela e iniciado um incêndio, que teve que ser combatido pelo Corpo de Bombeiros. Ninguém ficou ferido.Já por volta das 14h30, os atendimentos na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 Horas da Penha foram suspensos. Ali, o tiroteio começou quando homens armados tentaram fugir da operação policial pelo Parque Ary Barroso, onde fica a UPA.Os criminosos avistaram policiais e atiraram contra eles, voltando para a favela em seguida. Os policiais se posicionaram no Parque Ary Barroso e começaram a trocar tiros com os bandidos da favela.Com a troca de tiros, os médicos da UPA suspenderam os atendimentos. Pacientes, alheios ao tiroteio, reclamavam que os funcionários do posto médico estavam deixando o local sem atendê-los, como é caso do eletricista Hilton Félix. “Eu comecei a passar mal. Estou com febre desde segunda-feira. Vim aqui para ser atendido e não consegui. Eu vou embora, procurar outro recurso”, disse.Sem atendimento, os pacientes começaram a criar um pequeno tumulto dentro da unidade. Um deles quebrou a janela do posto de saúde e acabou sendo preso.