Programa vai ampliar bolsas de residência médica onde há falta de profissionais

22/10/2009 - 14h09

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osministérios da Educação e da Saúdeapresentaram hoje (22) um programa para ampliação donúmero de bolsas de residência médica em regiõesonde há falta de médicos para o Sistema Único deSaúde (SUS). Serão oferecidas 2 mil bolsas em hospitaisuniversitários federais para áreas como atençãoprimária à saúde, saúde da criança, saúdeda mulher, saúde mental, oncologia, saúde do idoso, eurgência e emergência.Asbolsas serão distribuídas por meio de apresentaçãode propostas às secretarias de Educação Superiordo MEC e de Gestão do Trabalho e da Educação naSaúde do Ministério da Saúde. Hospitaisuniversitários federais, hospitais de ensino e secretariasestaduais e municipais de saúde poderão se candidatar às bolsas. Serão atendidas prioritariamente as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O secretário de Gestão do Trabalho e da Educaçãoem Saúde, Francisco Campos, disse que um dos principaisobjetivos desse programa é fazer com que haja profissionais capacitados em políticas de saúde importantes em locais onde há falta desses médicos.“Apopulação brasileira está envelhecendo e há poucaoferta de gerontólogo e geriatra. Isso porque havia umaformação muito grande de pediatras e hoje nascem menoscrianças do que antes. Provavelmente, além de formarbons pediatras, também precisamos formar gerontólogos”, exemplificou.Eledisse ainda que os estados onde há mais carência deoferta de residências são Rondônia, Acre, Roraima,Tocantis e Amapá.O secretário explicou ainda que nos estados onde há hospitaisuniversitários ou federais mas não há estruturapara oferecer essas residências serão distribuídasbolsas para que as instituições apresentem projetos. Nesse caso, será necessário que asinstituições interessadas façam convênios comestabelecimentos de referência.A secretária de Educação Superior do MEC, MariaPaula Dallari Bucci, disse que uma das formas para atrair oprofissional para o interior é fazer com que ele conte com uma estrutura de apoio. “O atrativo vai estar nacriação das condições de trabalho. Omédico não gosta de ficar numa cidade onde ele vaificar isolado. O programa de residência vai dar a ele condiçãode estar num hospital com médicos mais experientes que vãodar atenção, vai haver programas de estudos”,afirmou. Tambémfoi lançado hoje pelos dois ministérios um programa demestrado profissional combinado com programas de residência. Asinstituições interessadas que já tem programasde mestrado reconhecidos pelo Ministérioda Educação podem apresentar propostas até o dia30 de dezembro.