Taxação pelo IOF não vai afetar abertura de capital das empresas, diz Mantega

21/10/2009 - 14h07

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A incidência deImposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações deestrangeiras em fundos de renda fixa e na bolsa não vai afetar aabertura de capital das empresas, na opinião do ministro daFazenda, Guido Mantega.Em audiência nacomissão especial da Câmara criada para discutir a capitalizaçãoda Petrobras, Mantega voltou a afirmar que os 2% de IOF irãoafugentar apenas os investidores de curto prazo.“Quando você faz umaaplicação em uma empresa, você não está preocupado com o ganhofinanceiro, e sim com a rentabilidade da empresa, o dividendo queaquela ação vai dar, a produção. Isso não foi afetado pelamedida”.O ministro explicou queo governo optou por fazer a tributação na entrada do capital, e nãona saída, porque era mais fácil associá-la à conversão docâmbio.“É mais fáciltributar na entrada, porque o governo tem esse dado preciso. Porqueele tem que fazer o câmbio e é nesse momento que ele faz atributação. Na saída é mais complicado”.Apesar de considerarpositiva a repercussão da medida, o ministro disse que o governo vaiobservar os reflexos dela.“Nada impede que agente possa pensar em medidas complementares e adicionais. Eu nãopodia dialogar com os setores porque estaria dando uma informaçãoprivilegiada ao mercado. Ninguém discute medidas cambiaisabertamente. Mas agora que a medida já está implementada, estareiaberto ao diálogo”.