Stephanes diz que não há nenhuma possibilidade de aumento do preço do pão

21/10/2009 - 13h37

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje (21) que não há“absolutamente nenhuma possibilidade de haver aumento do preço dopão” no país. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, oministro afirmou que o preço atual do pão “se estabeleceu quandoo trigo estava com o preço quase o dobro do atual”. Segundoele, o valor atual do pão foi fixado quando o preço mínimo datonelada de trigo estava em R$ 750. Atualmente, o valor é de R$ 530.“E o preço do pão não caiu. O custo do trigo no pão é de menosde 10%. Temos que tomar cuidado quando se trata desses números e deque haverá imediatamente uma influência no preço do pão”,disse. Ele acrescentou que não é a ação do governo vaifazer com que o preço do pão aumente. “O governo vai tentarcontrolar no sentido que haja abastecimento [de trigo] e preçoadequado no mercado”, afirmou. O ministro lembrou que osetor de trigo foi afetado por problemas no clima, com excesso dechuva na colheita. “Em consequência a produtividade e a qualidadedo trigo caíram muito. Evidentemente, além disso, também existemimperfeições [para serem corrigidas] ao longo da cadeia, daprodução até a comercialização.” Segundo ele, épreciso que a indústria informe ao governo as quantidades de trigoem estoque para que seja estabelecida uma política. “Sem esse dadoé muito difícil se estabelecer algumas diretrizes e mesmo aintegração entre toda a cadeia”, disse o ministro. Deacordo com Stephanes, há três problemas a serem enfrentados. Oprimeiro é a entrada de trigo no país, sem que se saiba quais sãoos estoques no Brasil. O segundo é a comercialização do trigo doano passado e deste ano. “Temos uma outra questão que é o trigoque perdeu muita qualidade e que não serve nem para massas nem parapão e que possivelmente terá que ser destinado à ração animal. Etemos que ver como podemos entrar para sustentar a comercializaçãodesse trigo, já que ele perde muito valor”, acrescentou.