Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura de Base (Abdib), Paulo Godoy, disse hoje (21), em São Paulo, que a decisão do governo em taxar a aplicação de estrangeiros em fundos de renda fixa ou na Bolsa de Valores foi acertada, mas demonstrou preocupação com a possibilidade da taxação se estender para os fundos de investimentos.Para ele, a medida anunciada esta semana pelo governo deve se "restringir à entrada de recursos que vem para fazer arbitragem de curto prazo" no país. "Algumas medidas devem ser tomadas. O governo optou, neste momento, por fazer essa ação de taxação da entrada de recursos externos. Vamos ver agora, nos próximos dias, a reação do mercado. Nós esperamos que a taxação também não incida sobre os fundos de investimento. Nós militamos no setor de infraestrutura e uma de nossas agendas é exatamente capturar poupança externa para investir em projetos de longo prazo através de fundos de investimentos especializados", afirmou.Com a incidência de 2% do Imposto sobre Operações Finaceiras (IOF) sobre o capital estrangeiro que entrar no Brasil, Godoy  espera que o câmbio possa se manter "numa determinada faixa", bloqueando a sua volatibilidade. "Esse é um instrumento em que o governo pode ir, voltar, pode ir mais a frente. Como é um instrumento de fácil decisão, pode-se pôr num termômetro para verificar os efeitos desse remédio e a graduação dada a ele", afirmou, explicando que o governo poderia aumentar, diminuir ou até retirar o valor da alíquota cobrada sobre o IOF.