Comissão de combate a crimes ambientais quer ampliar atuação

20/10/2009 - 19h31

Da Agência Brasil

Brasília - AComissão Interministerial de Combate a Crimes e Infrações Ambientais(Ciccia) quer ampliar o trabalho desenvolvido na  Amazônia para os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. De janeiro a outubro deste ano, foram embargados mais de 340 mil hectares por irregularidades oucrimes ambientais. E aproximadamente R$ 1,4 milhão foram arrecadados emmultas.  O balanço foi apresentado hoje (20) durante reunião no gabinete do ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, para discutir as estratégias das novas operações defiscalização contra o desmatamento. A comissão pretende investir em ações deinteligência para combater o crime ambiental.Apesar do grande montante arrecado, o ministro ressalta que o Cicciaapresenta deficit financeiro, mas tem grandes ambições relativasaos próximos desafios. Ele citou, entre as dificuldades, a falta de pessoal e de helicópteros e veículos próprios.Minccitou ainda o compromisso assumido pelo presidente Lula no início domês de apresentar para a Organizações das Nações Unidas (ONU), em Copenhague, aproposta de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020. “A Ciccia está indo bem, mas a gente temque estar prevenido, porque agora, se alguma coisa não der certo, oproblema não é mais da Polícia Federal ou do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], o problema é doBrasil, porque o compromisso vai ser assumido com a ONU”, disse o ministro lembrando que a decisão do governo sobre a proposta a ser levada para a reunião em Copenhague só deve sair no início de novembro. A Ciccia foi criada em 2008 pelos ministros da Justiça, TarsoGenro, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, e agrega representantes do Ibama, Ministério da Defesa, InstitutoChico Mendes, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, AgênciaBrasileira de Inteligência (Abin) e Companhia Independente dePoliciamento Ambiental (Cipam).