Guerra entre traficantes no Rio é "ação desesperada", afirma secretário

17/10/2009 - 22h17

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma ação “desesperada” do tráfico de drogas, que “vem perdendo poder financeiro”, segundo a Secretaria de Segurança Pública, terminou com dois policiais militares mortos e seis feridos, dez bandidos mortos e três moradores feridos e oito armas apreendidas, no Morro dos Macacos, zona norte do Rio de Janeiro. Durante confronto com a PM, que combatia a disputa entre traficantes rivais, um helicóptero da corporação foi atingido e explodiu, depois de um pouso forçado - matando os dois policiais carbonizados. O balanço foi apresentado hoje (17) pela cúpula da Segurança Pública do Rio, que prometeu uma “resposta na mesma medida”, como afirmou o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, durante entrevista à imprensa. “Sabemos quem foi, como foi e a resposta vai vir no momento certo, com inteligência. A população pode ficar tranquila. O comando da área instalou um gabinete de crise para  investigar a ação dos traficantes e informou que o policiamento foi reforçado em vários pontos da cidade.O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, informou que a polícia sabia das intenções do bandidos de tomar pontos de venda de drogas no Morro dos Macacos, mas devido à quantidade de acessos da favela, não conseguiu precisar a ação e impedir  totalmente o plano criminoso. Ele lembrou que parte da quadrilha foi interceptada na favela Parque Arará, em Benfica, onde três pessoas morreram e seis ficarm feridas durante confronto, ontem (16), com a PM, Segundo Beltrame, a disputa de traficantes por pontos de drogas como ocorreu entre a favela São João e o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, revela que a polícia tem conseguido estancar o crime, que agora busca novas formas de financiamento. “Foi uma ação desesperada, em função de uma perda importante de mercado”, afirmou. O secretário descartou que as ocupações de favelas, antes dominadas pelo tráfico, com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), tenham provocado a guerra entre facções.As unidades desenvolvem o policiamento comunitário em quatro favelas cariocas, facilitando a implementação de programas sociais. As áreas ocupadas são: Chapéu Mangueira e Morro Dona Marta, na zona sul, Batan, na zona norte e Cidade de Deus, na zona oeste.