Governo do Rio diz que não precisa, por enquanto, de ajuda da Força Nacional, segundo ministro

17/10/2009 - 19h16

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Não hánecessidade de interferência da Força Nacional para ajudar ogoverno do Rio de Janeiro no combate à criminalidade, disse, hápouco, o ministro da Justiça, Tarso Genro, à Agência Brasil.Ele fez a afirmação aocomentar o confronto entre traficantes e policiais ocorridos hoje(17) na capital fluminense. Os tiroteios provocaram 12 mortes – dezbandidos e dois policiais -, a explosão de um helicóptero e oincêndio de pelo menos dez ônibus. Tarso Genro informouque conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral, sobre ostiroteios entre traficantes do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, nazona norte do Rio, o que levou a polícia a intervir no confronto. Deacordo com o ministro, Cabral disse que a Polícia Militar e aPolícia Civil têm equipamentos e condições suficientes paracontinuar o seu trabalho, cujo sucesso não depende de mais pessoalnem de mais armamentos, mas da continuidade das ações preventivaspara o enfrentamento do crime. O ministro afirmou queacontecimentos como os de hoje podem voltar a ocorrer e não devemsignificar abalo para o Comitê Olímpico Internacional, que escolheua cidade do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, ouprovocar expectativas negativas em relação à realização da Copado Mundo, em 2014 (o Rio será uma das doze cidades-sede do Mundial).“Ao escolher acidade, eles já tinham conhecimento do trabalho que vem sendorealizado na área da prevenção e que continuará, pois vem fazerface à omissão do Estado nas últimas décadas em relação àsegurança pública", afirmou Tarso. Nos próximos anos,segundo ele, a cidade estará em melhores condições para sediar oseventos, porque os programas em execução vão preparar o Rio pararecebê-los.O governo federalpoderá repor, em breve, o helicóptero destruído pelos traficantes,caso receba pedido do governo fluminense, segundo Tarso Genro. Eleafirmou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)e as ações do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania(Pronasci) reduziram os espaços ocupados pelo tráfico de drogas.Por isso, assinalou, ocorrem fatos como os de hoje, nos quaisterritórios do crime começam a ser disputados por facções rivais.Tarso Genro também sesolidarizou com as famílias dos policiais mortos durante asoperações.