Segurança é reforçada em Honduras em mais um dia de negociação para acabar com crise política

16/10/2009 - 18h40

Fernando Freire
Enviado Especial EBC
Tegucigalpa (Honduras) - O policiamento foi reforçado, hoje (16), em frente aoHotel Clarión, onde ocorrem as reuniões de negociação entre osrepresentantes do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do governogolpista. Até há poucos momentos, as duas partes ainda não haviam chegado a um acordo. Elas estão reunidosdesde o começo da manhã para examinar propostas que podem ou nãolevar ao fim do impasse político criado com o golpe de Estado quetirou Zelaya do poder, em 28 de junho último.A uma quadra dohotel, um grupo de 150 pessoas da Frente Nacional de Resistência, afavor de Zelaya, está sendo vigiado pela polícia e pelo Exércitohondurenho, que obedecem ordens dos golpistas. O coordenador domovimento, Juan Barahuna, disse à Agência Brasil que,dependendo do resultado das negociações de hoje, orientará oshondurenhos a boicotar as eleições previstas para o dia 29 denovembro. “Queremos que os hondurenhos não votem e estamosdispostos a tomar qualquer ação para impedir esta eleiçãofraudulenta”, enfatizou Barahuna.Agora há pouco, chegou aohotel uma das filhas de Manuel Zelaya, Xiomara Zelaya, 24 anos. Eladisse que seu pai, abrigado na Embaixada do Brasil em Honduras desdeo dia 21 de setembro, está bem e confiante em que as negociaçõesavancem. O esquema de policiamento em frente à embaixada continuabastante reforçado. Se deixar o prédio da embaixada, Zelaya corre orisco de ser preso imediatamente pelos militares, que osequestraram e o levaram para fora de Honduras em 28 de junho, quandoo governo golpista liderado por Roberto Micheletti assumiu o comandodo país.