Programa Minha Casa Minha Vida recebeu até setembro 352 mil pedidos de contrato

16/10/2009 - 16h58

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Até setembro, oprograma Minha Casa Minha Vida recebeu 352 mil pedidos de contrato, no valor de R$ 22,6 bilhões. Destes, foram assinados 95.652 milcontratos, num total de R$ 6,1 bilhões. Os dados foram divulgadoshoje (17) pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, PauloBernardo, durante o evento Olho no Olho promovido pelo Sindicato daHabitação de São Paulo (Secovi-SP). Paulo Bernardoinformou que, até setembro, havia 410 empreendimentos paraconstrução de imóveis que se enquadram no programa, com 63.994unidades, no valor de R$ 3,7 bilhões e 31.665 contratos assinadospor pessoas físicas, totalizando R$ 2,4 bilhões.De acordo com o ministro, a previsão é encerraro ano com 400 mil unidades contratadas. “Quarenta por cento da meta estarão contratados até o final de dezembro e, provavelmente em 30de junho, teremos outros 40% contratados. Ou seja, 80% dos contratosestarão firmados até 30 de junho. O prazo médio de análise decada pedido é de 45 dias. Supõe-se que se quase a totalidade dissovai estar resolvida até o final do ano, além dos outros que vãoentrando.”Antes de participar do encontro, Paulo Bernardoafirmou, em entrevista, que a redução do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) para os produtos da linha branca vale somenteaté o final deste mês. “O governo vai anunciar a decisão nos próximosdias. É assunto do Ministério da Fazenda, e não acredito quealguém vá anunciar isso que não seja o ministro Guido Mantega. Ainformação que vale é a de que o IPI está reduzido até o dia 31de outubro e até o governo tomar uma decisão”, afirmou PauloBernardo. Em tom de brincadeira, o ministro aconselhou apopulação a aproveitar a redução do IPI e disse que ele mesmoiria sair do evento e passar em uma loja para comprar um fogão. Perguntado sobre a possibilidade de parceria entreo deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a ministra Dilma Rousseff, chefe daCasa Civil, como candidatos à Presidência da República, PauloBernardo disse que as definições só começarão a ser feitas apartir de março. “A coisa mais sensata que podemos fazer é terum candidato que represente o governo nessa eleição. Significadeixar para a oposição um espaço muito mais reduzido, porque, setivermos mais de um candidato, podemos ter um problema de mimetismopolítico”, afirmou. Sobre a taxação da exportação de minérios,Paulo Bernardo disse que não tem informação, embora já tenha ouvido falar do assunto algumas vezes no Congresso Nacional, ou daboca de governadores, principalmente dos estados produtores. “Mas,dentro do governo, não estamos trabalhando isso, não”, concluiu.