Petroleiros filiados à Frente Nacional entram em greve por tempo indeterminado

15/10/2009 - 20h12

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os seis sindicatos ligados à FrenteNacional dos Petroleiros iniciaram hoje (15) uma greve por tempoindeterminado, em todo o país. A paralisação temo objetivo de pressionar a Petrobras a apresentar uma novacontraposta que atenda às reivindicações dacategoria.Os petroleiros reivindicam reposiçãode 4,44% relativos às perdas salariais do período(INPC), ganho real de 10% e 23% de perdas acumuladas de 1994 atéhoje.O coordenador jurídico da entidade,Edson Munhoz, disse a greve está sendo deflagrada de formaprogressiva para não danificar os equipamentos das refinarias.Ele admitiu que os efeitos da paralisação nãoserão sentidos imediatamente porque a Petrobras tem fôlegopara manter o abastecimento do mercado por cerca de 10 a 15 dias.Segundo Munhoz, somente com a adesão aomovimento dos trabalhadores filiados à FederaçãoÚnica dos Petroleiros (FUP), que considera prematuro omovimento grevista, é que a produção, oabastecimento e o refino poderão ser afetados de forma maissignificativa. Ele avalia que aderiram à greve cerca de 10mil dos 18 mil empregados filiados aos seis sindicatos de todo o paísligados à Frente Nacional. Segundo Munhoz, a paralisação jáafetou os trabalhos nos terminais aquaviário da Baía deGuanabara e de Angra dos Reis. “A gente deu início a greve nesta manhã,mas ela está evoluindo gradativamente até para nãodanificar os equipamentos. Já é mais intensa aparalisação nos terminais que recebem os navios comcarregamento de combustíveis e também de petróleoda Bacia de Campos. Como ele repassa esses produtos para asrefinarias de São Paulo e de Minas Gerais, ele é muitoimportante, pois, se para, bloqueia toda a remessa de matéria-primapara essas refinarias”, afirmou.Munhoz também informou que os trabalhadoresdo terminal de Cubatão (SP) também cruzaram os braços.“O terminal de Cubatão também aderiu maciçamenteao movimento e só não paralisou totalmente as suasatividades para não danificar os equipamentos. Esse éum processo de paralisação de cerca de 24 horas, poruma questão técnica”, disse.A Petrobras divulgou nota garantindo “anormalidade de suas operações” e que se mantém disposta ao diálogo com seus empregados.